No sábade fomes jantarr forra, quiste de só trrabalharr nã pode serr. Eu, o Russe e o Petinga fome comerr choque frrite e lavarr o garrgumilhe com umas imprriais. Combinámes porr volta das oite ópé da prraça. Lá fomes a pé, apanharr um pouque darr frresco pela frronha que sabe semprre bem. Como iames lá prrá zona dus ferribotes ê cá prrupus irrmes fazerr duma corridinha daquele nove trrajecte que vai serr uma ciclovia, na zona centrral da Luisa Todi. A malta tá um pouque enferrejada, ma deu prra cumeçarr. "A verr quen ganha até ó carrtel du onze!" disse eu. Começámes numa arrda, todes ofegantes, erra même à ganância! Iames duma velocidade quande aparrece uma melherr segurrande umas alcofas, coitada, foi de roje mai de 3 metrres e as alcofas demorrarram em cairr du chão. Parrámes logue todes, prra irr ajudarr a senhorra que arrfava que nem uma cadela depois de parrirr. Trriste ideia esta da querrida. A mulherr nã parrava darrfarr e nós de cima dela a perrguntarr "minha senhorra calma, tenha calma", "Petinga, corre lá a buscarr uma cope dágua ali du café!". A aguinha de Setúbal é remédio sante, acalmou-se e lá seguiu a vidinha dela. Oulha, já távames a verr o jantarr por um canude. Lá seguimes viagem. Foi sentarr e acenarr "manda lá virr quatrre imprriais camalta tá sêca que nem um bacalhau!"Cada um de nós case duma vezada bebêmes a imprrial touda "Ahhhhh!" soube pouque bem. Depois dus aprritives e mais trrês imperriais cada um, lá chegou o chouque frrite. Pusemes um pouco de limão porr cima e morrfámes tude. Mais umas imprriais, munta converrsa sobrre a nossa cidade, sobrre a vida, etc e tal. Erra só malta de Setúbal porr ali. A dada alturra quande reparrames tava o Petinga a drrumirr decima do prate, heêêêê, amandêlhe um calduce, desenrramelou aqueles ólhes e erra vêle com as batatas frritas pendurradas nas bechechas! O home tava même durrmente e o emprregade especáde a olharr prró espetacle que tava daquela mesa. O home trrabalha comá gente masé pequenine, a imprrial entrra melhorr du corrpe e depois é iste. Inda pedimes uma sobrremesa, isté, 'ma musse prra cada um com cheirrinhe. Depois veio o digestive camalta tava munta cheia, despachámes a garrafita e saimos dali todes torrtes. Atão né que vimes a mêma melher com as suas alquefinhas a virr na nossa direcção lá ao funde. Virrê-me prró russe e fui avisande "éééééé Russe teeeenn lá cuidaaade ca melherr ven lá..." ele ia ós esses e às vezes nem isse. Parrecia a noite dos morrtes vives, eu, o Petinga e o Russe tudo ós esses já na frrente da melherr a tentarr desviarr. Dite e cerrte, o Petinga acerrtou même com os quêxes dos pêtes da mulherr. Na sei o que se passou, saquile chêrrava mal ou se tava mal disposte. Parrcia a manguêrra dos bombêrres a lárrgarr vómite porr cima da melherr. Sincerramente a gente nã tava en condições dajudarr o querr que fosse. Grritei eu "é fugirr, é fugirr, é fugirr!!!" e lá conseguimes fazerr a nossa corridinha até casa. O Petinga ainda lárrgava raste plo caminhe, erra um fadorr. Quande chquei a casa tentei escrreverr este texto, ma táva même impesssivél, o computadorr fegia dus mês olhes...